Como aponta o especialista em educação Sergio Bento de Araujo, a escola que adota critérios claros e linguagem descritiva transforma a prova em fotografia do percurso, não em sentença final. A virada acontece quando rubricas, portfólios e evidências do cotidiano se unem em um ciclo que orienta decisões pedagógicas, comunica expectativas às famílias e sustenta melhorias reais na aprendizagem. Avaliar por competências significa tornar visível aquilo que o aluno sabe, compreende e consegue aplicar em contextos variados.
Rubricas que deixam metas explícitas
Rubricas bem construídas explicam o que caracteriza desempenho iniciante, básico, proficiente e avançado. Em vez de adjetivos vagos, usam descritores observáveis: argumenta com fontes verificáveis, resolve problemas com estratégia, revisa hipóteses diante de novos dados. Alinhar cada descritor às competências do currículo e divulgar os critérios antes da atividade. Com isso, o estudante entende o que conta como evidência e o professor ganha um mapa para dar feedback específico.
Portfólios que mostram evolução
O portfólio reúne produções ao longo do tempo: rascunhos, versões revisadas, registros de autoavaliação, experimentos, relatórios, vídeos, protótipos. Esse conjunto narra o caminho percorrido, destacando escolhas, correções e aprendizados. Incluir “páginas de reflexão” em que o aluno explica o que mudou entre uma versão e outra, quais estratégias funcionaram e que metas define para a próxima etapa. Assim, o portfólio vira instrumento de metacognição, não apenas arquivo.
Evidências autênticas do dia a dia
Evidências autênticas nascem da vida escolar real: uma sequência de problemas resolvidos em grupo, uma apresentação oral com defesa de ideias, um experimento documentado em vídeo, uma intervenção social com indicadores de impacto. O valor está na aderência entre tarefa e objetivo. Se a meta é modelar fenômenos, o produto precisa exigir modelagem; se a meta é leitura crítica, o produto deve mobilizar análise e síntese de argumentos. Como enfatiza o empresário Sergio Bento de Araujo, tarefas descoladas das metas geram notas sem significado instrucional.

Feedback que impulsiona a próxima ação
Feedback poderoso é específico, oportuno e acionável. Vai além de “certo” e “errado”, indicando como melhorar a estratégia, onde fortalecer evidências e que recursos consultar. Quando o retorno chega durante o processo, ainda há tempo de corrigir a rota. Para dar escala, convém combinar devolutivas escritas curtas, conversas rápidas e momentos de revisão entre pares. No entendimento do especialista em educação Sergio Bento de Araujo, turmas treinadas a ler rubricas e a revisar colegas ganham autonomia e aprendem a justificar escolhas.
Comunicação transparente com famílias
Quando critérios e produtos são públicos, a conversa com as famílias muda de tom. Em vez de discutir apenas números, a escola apresenta evidências do raciocínio, da escrita, da investigação e da colaboração. A família entende o que apoiar em casa e acompanha a evolução com clareza. Transparência reduz ansiedade, reforça confiança e valoriza o esforço necessário para alcançar o nível proficiente.
Tecnologias que ampliam acesso e rastreabilidade
Plataformas de portfólio digital, formulários com rubricas integradas e repositórios organizados por competências facilitam o trabalho. É essencial garantir acessibilidade: contraste adequado, leitura por teclado, legendas e descrições alternativas. A escola também precisa proteger dados e limitar coletas ao necessário, respeitando direitos dos titulares. Como comenta o especialista em educação Sergio Bento de Araujo, esses cuidados preservam a privacidade e mantêm o foco no pedagógico.
Cultura que sustenta o modelo
Avaliar por competências exige formação docente, tempo para planejar tarefas autênticas e uma liderança que reconheça o valor do processo. Reuniões de análise de evidências, estudo de casos e observação de aula fortalecem a coerência entre séries. Como pontua o empresário Sergio Bento de Araujo, o principal objetivo é transformar a avaliação em com uma linguagem comum, capaz de orientar a escolha de materiais, desenho de atividades e acompanhamento fino de cada estudante.
Autor: Boris Kolesnikov