A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a World-Transforming Technologies (WTT) reúnem, na próxima semana, importantes atores para discutir a construção de uma nova política de tecnologia e inovação para o país a partir das missões – estratégias transversais que mobilizam empresas, academia e governo para solução de problemas complexos e alcance de metas claras.
A Conferência Livre – Inovação Orientada por Missões: contribuições para construção da nova política tecnológica e de inovação brasileira é um dos encontros que antecedem a 5ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia (CNCTI), organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Com data prevista para os dias 4 a 6 de junho, a CNCTI culmina na elaboração da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2024-2030. Até lá diversas organizações promovem debates pelo país.
A Conferência Livre focada nas missões será na terça-feira (16), das 9h às 17h com transmissão ao vivo pelo Youtube da CNI. Entre os convidados para o evento, que conta com apoio do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP), estão representantes de ministérios, da academia, da indústria e de organizações ligadas à inovação.
Segundo o diretor de Tecnologia e Inovação da CNI, Jefferson Gomes, as conferências livres provocam o debate técnico e operacional sobre a nova política tecnológica e de inovação brasileira.
“Será uma grande oportunidade de discutir o que já temos de iniciativas em curso para a implementação da inovação orientada por missões em nosso país. A CNI, junto com outros atores, levantará questões-chave para entendermos em que medida uma abordagem de inovação orientada por missões pode contribuir para a construção da nova política tecnológica e de inovação brasileira que leve a um Brasil mais justo, sustentável e desenvolvido”, explica Gomes.
Também pensando na melhora da qualidade de vida e no enfrentamento de grandes desafios, Maria Angélica Jung Marques, gestora de CT&I na WTT, acredita no potencial da ciência e da tecnologia. Ela defende que a inovação seja pensada, planejada e executada como uma ferramenta para resolver desafios sociais e ambientais.
“A abordagem de missões nos permite direcionar a produção do conhecimento científico e de tecnologias para promover este desenvolvimento sustentável e justo. Essa abordagem apresenta três características centrais: direcionalidade, colaboração e clareza de metas e prazos. Isso faz com que a inovação produzida por esta ótica seja uma forma eficaz de enfrentar desafios sociais e econômicos complexos de grande escala e colocar, de forma eficiente, a ciência, a tecnologia e a inovação a serviço do desenvolvimento sustentável”, justifica Maria Angélica, da WTT.